Pela primeira vez na história, filhos da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil, Uruguai), realizaram uma navegação pelo rio Uruguai até a cidade de Yapeju para levar uma mensagem de gratidão, reconhecimento e pertencimento histórico.
“Somos território missioneiro. Aqui, os Padres Jesuítas criaram as primeiras estâncias de gado dependentes de Yapejú. Portanto, são 4 séculos que nos conectam a um passado comum nesta Tríplice Fronteira. A experiência jesuítico-guarani nos legou um rico patrimônio cultural, arquitetônico e espiritual. O significado desta Travessia é resgatar nossa história missioneira e reatar laços de pertencimento e identidade a grande Estância Missioneira de Yapejú” (Argemiro Rocha).
Abrindo as comemorações dos 400 anos da fundação da Grande Estancia Missioneira Jesuítico-guarani, os navegantes partiram da Tríplice Fronteira na manhã do dia 27 de setembro, no barco Biguá, navegando o rio Uruguai acima com destino a Yapejú, recriando as viagens realizadas nos séculos XVII e XVIII pelos jesuítas e índios guaranis missioneiros.
No final da tarde de 28, foram recebidos às margens de Yapejú pela Intendente Luz Marisol Fagundez, por funcionários municipais, autoridades do Exército argentino da Prefeitura Naval e um grupo de alunos.
Os “embaixadores da Tríplice Fronteira” entregaram ao povo de Yapejú diversos presentes e recordações, como um quadro que reproduz o lugar da única ilha do mundo a ter uma Cruz Missioneira: Ilha Brasileira, no coração da Tríplice Fronteira.
Na sequência, na praça de San Martin, foi descoberta um aplaca comemorativa da Travessia Trinacional.
Tripulação: Marcelo Bravi (Uruguai), Luis Schiro (Argentina), Argemiro Rocha (Brasil), Fermin Alberto Dalmasso (Argentina) e Brian Dotta (Uruguai).
* Não é a primeira vez que os povos irmãos da Tríplice Fronteira rendem culto a suas raízes missioneiras. Em outubro de 2022, realizou-se uma Travessia Trinacional de canoagem que percorreu parte do rio Uruguai prestando tributo ao Padre Antônio Sepp e inaugurando a Cruz Missioneira na Ilha Brasileira coroada com a celebração da Primeira Missa Trinacional.
NAVEGANDO RUMO AOS 400 ANOS DAS MISSÕES