O objetivo é fazer alunos recriarem artisticamente a história da comunidade fronteiriça . O grupo localizou trincheiras que foram ocupadas pelo exército imperial sob o comando do General Manuel Luís Osório (Correio do Povo – Fred Marcovici – 22/01/2020).
A cidade de Barra do Quaraí, a mais distante de Porto Alegre, inserida na Tríplice Fronteira mais ao Sul do mundo, integrando Brasil, Uruguai e Argentina, conta com a ONG Atelier Saladero. A organização idealizou o projeto “Desenhando e Pintando a Fronteira”, classificado pela Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul entre os sete melhores do Estado.
A organização não-governamental, iniciou o ano de 2020 com atividades de seu plano de trabalho, reunindo duas vezes por semana 15 alunos selecionados para as aulas de desenho e pintura. Segundo Argemiro Rocha, presidente da ONG, o município conta com uma expressiva história que poucos conhecem. Com isso, por meio do desenho e da pintura, a proposta pretende expressar a identidade do entorno que passa por índios Charruas, caudilhos farroupilhas, soldados do império, escravos, estancieiros e saladeros, em uma área em que brasileiros, uruguaios e argentinos, por vezes irmanados outras não, conviviam na divisa.
O objetivo é fazer alunos, com talento para o desenho, recriarem artisticamente a história da comunidade fronteiriça. No domingo, na localidade de Pai Passo, o grupo localizou trincheiras que foram ocupadas pelo exército imperial sob o comando do General Manuel Luís Osório, à época ainda tenente. “Queremos desenhar esse passado para contar nossa história”, diz Rocha. Reconhecida como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura, a ONG Atelier Saladero conta também com a parceria da Prefeitura Municipal.