PROMOÇÃO










 

UM DIÁLOGO ENTRE HISTÓRIA E ARTE

Professor de História, Nestor Bohdan, explica aos alunos a formação do território trinacional, destacando a presença dos charrua, "esses amantes da liberdade". A partir desse povo e seguindo uma linha do tempo, apresenta a formação das primeiras estâncias e dos saladeros numa faixa de fronteira sempre em disputa entre as coroas de Portugal e Espanha.



Nossa história ilustrada por jovens criativos


 

Um patrimônio histórico abandonado



O Saladero foi centro de rica atividade comercial em torno do charque. Infelizmente, todo esse patrimônio arquitetônico, histórico e cultural, está sendo destruído pelo tempo e pelo homem! A ignorância de alguns vem fazendo desaparecer para sempre casas seculares que trazem a marca, o suor e as lágrimas das gerações antigas. Nossa luta busca encontrar eco a este apelo: Não deixem desmoronar a nossa história! O nosso passado é o futuro de muita gente..." (ONG Atelier Saladero, 0utubro, 2003).



Por que chamou-se Saladero um complexo industrial nos moldes das charqueadas rio-grandense?



.....Para se entender porque chamou-se Saladero um complexo industrial nos moldes das charqueadas rio-grandense, é necessário entender a influência espanhola na região.
.....E um processo histórico lento, os trabalhadores do sul tiveram a idéia de constituir um mercado mais livre à economia e a mesma fronteira que separava passou a servir como ponto de união, evidenciando o caráter integratório destes limites.

.....Formou-se uma zona fronteiriça vinculada pela história, pela economia, pela política e pela cultura.

Leia a íntegra do estudo...



Os alunos do Projeto Desenhando e Pintando a Fronteira realizam trabalho emn grupo cumprindo a tarefa de criar desenhos sobre o tema dos povos originários da região.
No dia 5 de feveiro de 2020 os alunos receberam as novas pastas para guardar os seus trabalhos de desenho e pintura
Ana Pitanga - a Pitanguinha, uma personagem criada pelos alunos para contar a história da formação do território da Tríplice Fronteira onde se uniram brasileiros, uruguaios e argentinos.

Já foi comprovada a presença humana na região da Barra do Quaraí há uns 13 mil anos. Entretanto, a tribo indígena que predominou nos últimos 2 mil anos foram os Charruas.

Conhecidos como Minuanos, Guenoas ou Bohanes e também como propriamente Charruas, estes pampeanos amantes da liberdade resistiram à opressão das raças, se destacaram pelo domínio das planuras e pelo uso de uma arma de defesa e caça conhecida como "boleaderas". Estas pedras sulcadas se encontram em abundância em nossa região.

O ESCRAVO DO SALADERO

Os desenhos do sofrimento imposto aos negros no Saladero recuperam esse período de opressão que possibilitam rememorar um pouco esse passado distante, mas que ainda ressoa no nosso tempo, nos colocando em confronto com nossa própria formação e identidade.


"Escravo de saladero,
me dói saber como foi.
Trabalhando o dia inteiro
sangrando o mesmo que o boi".

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

ONG Atelier Saladero apresenta o projeto

"Desenhando e Pintando a Fronteira"


Barra do Quaraí-RS, 19 de novembro de 2019 - Membros da ONG Atelier Saladero visitam as escolas públicas da cidade e realizam reuniões com professores para explicar como irá funcionar o projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" ao longo de 2020.

 

Reunião com professores na Escola Estadual Nilza Corrêa Pereira.

 

Nessas reuniões, o objetivo era estabelecer parcerias com as escolas para a elaboração de um Comitê Gestor que pudesse acompanhar o progresso das atividades artísticas feitas pelos alunos, como também seu conhecimento da história regional.

 

Reunião com os professores da Escola Municipal 22 de Outubro

 

Dia 27 de novembro 2019- A ONG Atelier Saladero, após apresentar o projeto aos professores, inciou o trabalho de visitar as turmas de alunos, convidando a todos os interessados em desenho e pintura a participarem de um teste de seleção.

 

 

Prioritariamente para alunos das escolas públicas da Barra do Quaraí, a partir dos 13 anos de idade, a meta era alcaçar a seleção de 20 alunos.

 

 

Dia 28 de novembro - alunos interessados em participar do projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" realizam a prova de desenho. A tarefa tinha por objetivo conhecer a habilidade artística do aluno.

 

 

11 de Dezembro - Alunos selecionados para participarem do Projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" posam para foto na Escola Estadula Nilza Corêa Pereira. A proposta é resgatar a história da região e de seus pontos históricos e turísticos mais relevantes através do desenho.

 

 

15 de dezembro - A ONG Atelier Saladero reuniu alunos selecionados, pais e responsáveis, apresentando as normas de participação ao longo do desenvolvimento do projeto. Argemiro Rocha, presidente da ONG, explicou:

 

"Temos uma grande história que poucos conhecem. Por isso, queremos através do desenho e da pintura expressar a nossa identidade, que passa pelos índios charruas, pelos caudilhos farroupilhas, pelos soldados do império, pelos escravos, pelos estancieiros, pelos saladeros, num pedaço de chão onde se agitavam brasileiros, uruguaios e argentinos, irmanados uma vezes e outras não".

 

 

"Nosso objetivo é fazer alunos com talento para o desenho recriarem artisticamente a história desta comunidade fronteiriça. Queremos desenhar esse passado para contar essa história", concluiu.

 

 

11 de janeiro de 2020 - O Prefeito Iad Choli prestigia a aula inaugural do projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" na qual os alunos receberam o primeiro kit de material para desenho. "Em parceria com a ONG Atelier Saladero estamos confiantes no sucesso desse projeto que vai mostrar a criatividade e o talento artístico de nossos alunos, para a região e também para o mundo", comentou Iad Choli.

 

 

16 de janeiro - Nossa história ilustrada por jovens criativos! Começam as aulas práticas de desenho e pintura estabelecidos no plano de tabalho da ONG Atelier Saladero.

 

 

"Desenhar o passado para contar a nossa história" é a proposta do Projeto "Desenhando e Pintanto a Fronteira, idelaizado pela ONG Atelier Saladero, tendo sido classificado pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul entre os 7 melhores do Estado.

 

VISITA ÀS CIDADES DA TRÍPLICE FRONTEIRA

 

09/02/2020 - O projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" visita a cidade de Bella Unión, no Uruguai.

 

 

Seguindo um cronograma de atividades estipuladas no Plano de Trabalho, os alunos participantes do projeto iniciaram a etapa de visitas às cidades da Tríplice Fronteira, chegando em Bella Unión, onde percorreram diversos pontos históricos e culturais.

 

Visitaram o Museu de peças indígenas onde conheceram a vida e os costumes dos primeiros habitantes desta terra: os índios charruas.

 

 

O Professor Nestor Bohdan explicou o signficado de cada peça do museu e como eram usadas pelos povos primitivos.

 

 

Na cidade de Bella Unión, os alunos cumpriram uma agenda bastante movimenta, que envolveu encontro com historiadores, professores, palestras e a elaboração de desenhos em praça pública, bem como conhecimentos sobre o meio ambiente visitando o Parque Rincón de Franquia.

 

 

No inicio do mês de fevereiro os alunos deram inicio a produção de diversos painéis para serem apresentados nas exposições do projeto. O tema inicial estava relacionado com os costumes e vida dos povos primitivos da região: os indios charruas.

 

 

ENTREGA AOS ALUNOS DA CAMISETA DO PROJETO

 

Em abril de 2020, o projeto começou a ser interrompido em razão da pandemia do coronavirus. Antes, porém, realizou-se um breve ato para a entrega das camisetas aos alunos participantes.

 

 

 

PINTANDO A HISTÓRIA

 

No dia 14 de fevereiro de 2020, os alunos receberam o material de pintura (aquarela) e iniciaram uma produção de trabalhos baseado na nova técnica em que a tinta é diluida em água a fim de criar uma pintura luminosa e impactante.

 

Nas aulas de aquarela, aprenderam sobre luz e sombra e a importância das cores aplicando esse conhecimento na elaboração de trabalhos sobre as origens da indumentária gaúcha na Trílice Fronteira que une as culturas do Braisl, Uruguai e Argentina.


 

 

 

OS INDIOS CHARRUAS

 

Antes da chegada dos primeiros colonizadores europeus, no século XVI, o extremo sul do continente americano era habitado pelos Charruas. Viviam e caçavam pela imensa pampa do Rio Grande do Sul que se estende pelo Uruguai e Argentina.


Por não se submeter ao domínio europeu, os Charruas representavam uma ameaça e sofreram violentas e constantes perseguições. Os que não foram exterminados tiveram que aderir ao modo de vida dos colonizadores, se unir a outras tribos ou viver na clandestinidade. No século XIX, a etnia Charrua foi considerada dizimada porque já não existia enquanto coletividade.

 

 

 

INDUMENTÁRIA MILITAR DO SOLDADO DO IMPÉRIO

 

A história militar do Brasil - no século XVII, torna-se maior o interesse português pela defesa do Brasil, cobiçado por outras nações colonizadoras. Travaram-se grandes lutas. Surgem os primeiros regimentos formados por brancos, negros, pardos e índios. Os homens que neles combatem são oriundos de nosso próprio território, de acordo com os preceitos militares da época. Os desenhos e pinturas representam as nossas mais antingas organizações militares atuando nesta fronteira.

 

 

 

 

CIGANOS, CAUDILHOS E SALADERO

 

“A liberdade como Religião, a Terra como pátria e o Céu como teto” são princípios do povo cigano

Há registros, desde o século XVIII, da presença de ciganos no Rio Grande do Sul. Muitos grupos fugindo de perseguição na Europa onde foram sempre vistos como diferentes. Mesmo assim, a cultura cigana trouxe estigmas negativos que prevalecem até os dias atuais.

 

 

Próximos trabalhos: o gaúcho

 

 

 

 

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MATÉRIAS PUBLICADAS NA IMPRENSA SOBRE O PROJETO

Correio do Povo

 

Folheto explicativo do Projeto distribuído a professores e alunos das escolas da Barra do Quaraí





 




Ruínas do Saladero: uma comunidade Mercosul nos fins do século XIX





O Marco Brasileiro, de 1901, estabelece os limites entre Brasil e Argentina






Ilha Brasileira, o santuário ecológico da Tríplice Fronteira

 


 

A professora uruguaia, Paola Zapata Lima, elogia o projeto da ONG Atelier Saladero
"Ameee este Proyecto! felicitaciones al responsable del mismo Argemiro Rocha, a quienes lo apoyan: Nestor Bohdan y Fernando Alonso y Leanderson Penha. Aplausos para estos ciudadanos de la Triple Frontera, y a los estudiantes dibujantes , gente con ideas y voluntad de acción. A todos ellos mis saludos y mi respeto".
"Personas como usted, con el espíritu de cooperación demostrado, son las que coadyuvan para lograr grandes resultados.
Los exhorto a que continúen contribuyendo a elevar el potencial cultural y el reservorio histórico-artístico de Nuestra amada Triple Frontera.
Que explotar la gran capacidad de servicio que tenemos todos sea nuestra meta este año 2020" (Paola Zapata Lima).
"Excelente tarea la que vienen realizando con este Proyecto. Junto a otras acciones, todas movilizantes de los habitantes fronterizos y que contribuyen a consolidar la identidad de ese lugar maravilloso. Gracias por hacerme parte de vuestros sueños" (Jorge Cartagena Bidondo - CEFIR, Uruguai)
Em Bella Unión os alunos visitaram o museu indigena da cidade, ouvindo atentamente as expicações repassadas.
O Professor Nestor Bohdan, de Montevidéu, explica aos alunos do projeto quem foram os Charruas, primeiros habitantes de nosso território, seus costumes, sua história e seu modo de viver.
No Parque Rincón de Franquia (Bella Unión, Uruguai), os alunos tiveram tempo para desenhar o "Mogrulho", mirante de onde se observa os rios da Tríplice Fronteira.
Na aula do dia 14 de fevereiro de 2020, os alunos receberam o material de pintura (aquarela) e iniciaram a produção de diversos trabalhos com essa técnica.
A indumentária militar: etapa de aquarelas sobre a indumentária do Soldado do Império Brasileiro que esteve presente na fronteira do Rio Grande do Sul em diversos períodos de guerras e conflitos. As espadas dos oficiais, com bainhas de metal, datam de 1840. Nos primeiros anos do govenro de D. Pedro II, a maioria dos corpos do Exército estacionava no Rio Grande do Sul (Gustavo Barroso).