ONG Atelier Saladero apresenta o projeto
"Desenhando e Pintando a Fronteira"
Barra do Quaraí-RS, 19 de novembro de 2019 - Membros da ONG Atelier Saladero visitam as escolas públicas da cidade e realizam reuniões com professores para explicar como irá funcionar o projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" ao longo de 2020.
Reunião com professores na Escola Estadual Nilza Corrêa Pereira.
Nessas reuniões, o objetivo era estabelecer parcerias com as escolas para a elaboração de um Comitê Gestor que pudesse acompanhar o progresso das atividades artísticas feitas pelos alunos, como também seu conhecimento da história regional.
Reunião com os professores da Escola Municipal 22 de Outubro
Dia 27 de novembro 2019- A ONG Atelier Saladero, após apresentar o projeto aos professores, inciou o trabalho de visitar as turmas de alunos, convidando a todos os interessados em desenho e pintura a participarem de um teste de seleção.
Prioritariamente para alunos das escolas públicas da Barra do Quaraí, a partir dos 13 anos de idade, a meta era alcaçar a seleção de 20 alunos.
Dia 28 de novembro - alunos interessados em participar do projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" realizam a prova de desenho. A tarefa tinha por objetivo conhecer a habilidade artística do aluno.
11 de Dezembro - Alunos selecionados para participarem do Projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" posam para foto na Escola Estadula Nilza Corêa Pereira. A proposta é resgatar a história da região e de seus pontos históricos e turísticos mais relevantes através do desenho.
15 de dezembro - A ONG Atelier Saladero reuniu alunos selecionados, pais e responsáveis, apresentando as normas de participação ao longo do desenvolvimento do projeto. Argemiro Rocha, presidente da ONG, explicou:
"Temos uma grande história que poucos conhecem. Por isso, queremos através do desenho e da pintura expressar a nossa identidade, que passa pelos índios charruas, pelos caudilhos farroupilhas, pelos soldados do império, pelos escravos, pelos estancieiros, pelos saladeros, num pedaço de chão onde se agitavam brasileiros, uruguaios e argentinos, irmanados uma vezes e outras não".
"Nosso objetivo é fazer alunos com talento para o desenho recriarem artisticamente a história desta comunidade fronteiriça. Queremos desenhar esse passado para contar essa história", concluiu.
11 de janeiro de 2020 - O Prefeito Iad Choli prestigia a aula inaugural do projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" na qual os alunos receberam o primeiro kit de material para desenho. "Em parceria com a ONG Atelier Saladero estamos confiantes no sucesso desse projeto que vai mostrar a criatividade e o talento artístico de nossos alunos, para a região e também para o mundo", comentou Iad Choli.
16 de janeiro - Nossa história ilustrada por jovens criativos! Começam as aulas práticas de desenho e pintura estabelecidos no plano de tabalho da ONG Atelier Saladero.
"Desenhar o passado para contar a nossa história" é a proposta do Projeto "Desenhando e Pintanto a Fronteira, idelaizado pela ONG Atelier Saladero, tendo sido classificado pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul entre os 7 melhores do Estado.
VISITA ÀS CIDADES DA TRÍPLICE FRONTEIRA
09/02/2020 - O projeto "Desenhando e Pintando a Fronteira" visita a cidade de Bella Unión, no Uruguai.
Seguindo um cronograma de atividades estipuladas no Plano de Trabalho, os alunos participantes do projeto iniciaram a etapa de visitas às cidades da Tríplice Fronteira, chegando em Bella Unión, onde percorreram diversos pontos históricos e culturais.
Visitaram o Museu de peças indígenas onde conheceram a vida e os costumes dos primeiros habitantes desta terra: os índios charruas.
O Professor Nestor Bohdan explicou o signficado de cada peça do museu e como eram usadas pelos povos primitivos.
Na cidade de Bella Unión, os alunos cumpriram uma agenda bastante movimenta, que envolveu encontro com historiadores, professores, palestras e a elaboração de desenhos em praça pública, bem como conhecimentos sobre o meio ambiente visitando o Parque Rincón de Franquia.
No inicio do mês de fevereiro os alunos deram inicio a produção de diversos painéis para serem apresentados nas exposições do projeto. O tema inicial estava relacionado com os costumes e vida dos povos primitivos da região: os indios charruas.
ENTREGA AOS ALUNOS DA CAMISETA DO PROJETO
Em abril de 2020, o projeto começou a ser interrompido em razão da pandemia do coronavirus. Antes, porém, realizou-se um breve ato para a entrega das camisetas aos alunos participantes.
PINTANDO A HISTÓRIA
No dia 14 de fevereiro de 2020, os alunos receberam o material de pintura (aquarela) e iniciaram uma produção de trabalhos baseado na nova técnica em que a tinta é diluida em água a fim de criar uma pintura luminosa e impactante.
Nas aulas de aquarela, aprenderam sobre luz e sombra e a importância das cores aplicando esse conhecimento na elaboração de trabalhos sobre as origens da indumentária gaúcha na Trílice Fronteira que une as culturas do Braisl, Uruguai e Argentina.
OS INDIOS CHARRUAS
Antes da chegada dos primeiros colonizadores europeus, no século XVI, o extremo sul do continente americano era habitado pelos Charruas. Viviam e caçavam pela imensa pampa do Rio Grande do Sul que se estende pelo Uruguai e Argentina.
Por não se submeter ao domínio europeu, os Charruas representavam uma ameaça e sofreram violentas e constantes perseguições. Os que não foram exterminados tiveram que aderir ao modo de vida dos colonizadores, se unir a outras tribos ou viver na clandestinidade. No século XIX, a etnia Charrua foi considerada dizimada porque já não existia enquanto coletividade.
INDUMENTÁRIA MILITAR DO SOLDADO DO IMPÉRIO
A história militar do Brasil - no século XVII, torna-se maior o interesse português pela defesa do Brasil, cobiçado por outras nações colonizadoras. Travaram-se grandes lutas. Surgem os primeiros regimentos formados por brancos, negros, pardos e índios. Os homens que neles combatem são oriundos de nosso próprio território, de acordo com os preceitos militares da época. Os desenhos e pinturas representam as nossas mais antingas organizações militares atuando nesta fronteira.
CIGANOS, CAUDILHOS E SALADERO
“A liberdade como Religião, a Terra como pátria e o Céu como teto” são princípios do povo cigano
Há registros, desde o século XVIII, da presença de ciganos no Rio Grande do Sul. Muitos grupos fugindo de perseguição na Europa onde foram sempre vistos como diferentes. Mesmo assim, a cultura cigana trouxe estigmas negativos que prevalecem até os dias atuais.
Próximos trabalhos: o gaúcho
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